Ellen Bialystok é uma neurocientista cognitiva que estuda bilinguismo há aproximadamente 40 anos. Ela é pesquisadora e professora da Universidade York, em Toronto. Em entrevista ao New York Times, ela falou sobre diversas vantagens do bilinguismo.
Uma delas é que as crianças bilíngues processam a linguagem de forma diferente, pois conseguem focar atenção no que é importante, ignorando outros estímulos.
Bialystok observou que crianças bilíngues treinam mais o sistema executivo do cérebro. O sistema executivo é responsável, por exemplo, pela execução de tarefas simultâneas. Ele também é responsável pelo processamento de outras tarefas cotidianas como dirigir.
Assim, crianças bilíngues treinam, com frequência, a função de prestar atenção apenas no que é relevante, já que têm duas línguas em constante competição e devem selecionar uma a cada momento. Ou seja, o bilinguismo é um exercício para o cérebro.
Outra descoberta impressionante é que pessoas bilíngues, durante o envelhecimento, mantêm o funcionamento cognitivo melhor.
Igualmente, as pesquisas demonstraram que o bilinguismo pode retardar sintomas do Alzheimer. Ou seja, os estudos conduzidos por Bialystok demonstraram que, entre 400 pacientes de Alzheimer, os que eram bilíngues podiam lidar melhor com a doença.
Em adição, segundo Bialystok, os avanços na tecnologia de neuroimagem atualmente permitem observar que bilíngues ativam diferentes conexões no cérebro para resolução de problemas.
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